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Os territórios de cidadania de mulheres em situação de prisão

Atualizado: 19 de set. de 2020


Os territórios de cidadania das mulheres em situação de prisão se constituem como objeto deste estudo. Entende-se como territórios não apenas uma delimitação geográfica, mas o resultado de uma complexa relação. Assim, adotou-se como conceito: “o território é um sistema complexo evolutivo que associa um conjunto de atores de um lado, [e] o espaço geográfico que esses atores utilizam, modificam e gerem do outro lado” (SILVA, 2015, p. 406).

Por cidadania, entende-se o conjunto de direitos civis, políticos e sociais que devem ser garantidos pelo estado. Em foco, as mulheres em situação de prisão são consideradas grupos vulneráveis com restrição de sua autonomia pelo estado, contudo, tais circunstâncias não as excluem de seu papel enquanto atores sociais, que acessam e que são acessados por políticas e legislações para o exercício de sua cidadania, o que justifica a necessidade de atenção e elaboração de estudos nessa direção.

O aumento da violência e da criminalidade vem se tornando um tema de bastante repercussão na sociedade. O interesse em pesquisas sobre o universo da população prisional torna-se ainda menor quando versa sobre a população feminina nesse contexto, tratadas através de concepções patriarcais ou teóricas por meio de reducionismos. Tal lacuna revela inquietações teórico-políticas das criminologias femininas, que lançam luzes as peculiaridades existentes na relação mulher-cárcere, e tudo que existe antes e depois desta (BISPO; FERREIRA; FERREIRA NETO, 2013; PIMENTEL, 2015).

O estudo tem por objetivo analisar a influência do Estado sobre os territórios de cidadania das mulheres em situação de prisão de Alagoas. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de abordagem mista, do tipo sequencial explanatória. Encontra-se em fase de aprofundamento teórico e apropriação da temática por parte da pesquisadora.



 

Referências

BISPO, T.C.F.; FERREIRA NETO, E.A; FERREIRA, J.J. Gestar e parir atrás das grades: Difíceis caminhos. In: Anais da VII Jornadas Santiago Wallace de Investigación en Antropología Social. Sección de Antropología Social. Instituto de Ciências Antropológicas. Facultad de Filosofía y Letras, UBA, Buenos Aires, 2013.


PIMENTEL, Elaine. As mulheres e a vivência pós-cárcere. Maceió: EDUFAL, 2015.


SILVA, M.A.S. O território como um sistema social complexo. In: FURTADO, B.A., SAKOWSKI, P.A.M., TÓVOLI, M.H. Modelagem de sistemas complexos para políticas públicas. Brasília: IPEA, 2015. 436 p.



 

O texto é de autoria:


Alba Maria Bomfim de França - Enfermeira Obstétrica. Mestre em Enfermagem pela ESENFAR/UFAL. Professora Adjunto I do Centro Universitário Tiradentes - UNIT/AL e Professora Auxiliar da Universidade Estadual de Ciências da Saúde - UNCISAL.

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